
Havia uma casa...
... no alto da montanha mais alta da cidade.
Nós a chamávamos de...
A Casa das Cem Janelas...
... embora o número correto fosse um desses mistérios assustadores que entremeiam os sonhos mais desesperadores de uma criança.
Depois de quase trinta anos, Chico Rezende quis voltar a Bel Parque e prestar contas com seu passado. Talvez pudesse cobrar dele as promessas de uma infância vibrante e feliz, retalhadas a fio de navalha quando seu pai foi acusado de assassinar Adélia Fortes.
Enquanto revive os melhores anos de sua vida, quando ele, Dani do Mato, Mário e o Mamute desbravavam as trilhas e caminhos da serra, deliciavam-se com as descobertas da adolescência nos ingênuos e sonhadores anos 1980, Chico percebe que tudo mudou – e que o passado nunca o esperou. Mas parece querê-lo de volta assim mesmo, embora não da maneira que imaginara.
É a Casa. Alguma coisa aconteceu lá. Alguma coisa sempre aconteceu, mas nunca se revelou, escondida nos cantos velhos e escuros, fermentando na dor e no medo que impregnaram as paredes e o chão daquele lugar.
As pistas que seu velho amigo Mário deixou antes de desaparecer encontram-se com lembranças empoeiradas, cruzam-se com as histórias de outras pessoas que parecem atraídas para a cidade como anjos hipnotizados pelo abismo. E todas as linhas sugerem convergir para o Solar dos Fortes,
a Casa das Cem Janelas.

E se houvesse um jeito de separar de uma pessoa a sua parte má, trancafiando seus vícios e maldades num baú de lembranças?
E se eles escapassem de volta, todos de uma vez?
Depois da morte da bondosa Senhora Augusta Dummont, os três garotos da Rua Dez decidiram ver o que ela guardava no porão do velho sobrado em que vivia. Só por diversão. Mas acabaram esbarrando num segredo que colocará em risco toda a Cidade, trazendo de volta do Relicário da Maldade o pior dos habitantes simplórios e caricatos do pequeno lugarejo.
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